sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Reconhecimento dos Pensamentos Prejudiciais


Muitas vezes julgamos determinados pensamentos como necessários, valiosos ou inofensivos, enquanto que, na verdade, eles não o são. É importante ficar claro que, se um pensamento não é necessário, então fatalmente ele é nocivo, pois, além de não nos acrescentar nada, nos dispersa do que estamos fazendo, muitas vezes gerando-nos acidentes, ineficiência, dificuldade de aprendizagem, respostas inadequadas, perturbações emocionais, desequilíbrios em nossa saúde, redução de nossa capacidade de desfrutar, distorção de nossa percepção da realidade, desconexão com nossa naturalidade saudável, auto-desqualificação, escravidão e/ou vulnerabilidade à manipulação social, além de não permitir que sintamos a serenidade e o bem-estar que surgem quando a nossa consciência está simplesmente no aqui e agora e não permitir que nossa mente repouse e se restabeleça dos desgastes normais que ela sofre, dificultando assim seu pleno funcionamento quando de fato é requerida. Tudo isso nos gera todo tipo de inúteis sofrimentos e limitações.

Seguem alguns exemplos de pensamentos geralmente considerados “inofensivos”, mas que de fato não o são: pensamentos compulsivos sobre futebol, sobre política, sobre sexo, sobre “o que faria se ganhasse na loteria”, sobre “o carro dos sonhos”, sobre aquele “gatão” ou aquela “gatinha”, entre outros tantos. Enquanto “dermos corda” aos pensamentos prejudiciais, os perpetuaremos, dificultando assim os processos mentais valiosos e deixando de criar o espaço para que, a partir do silêncio interior, aflorem o bem-estar profundo, a serenidade, a sensibilidade à beleza, a leveza, a afetividade, a criatividade e a sabedoria.

Assim, os pensamentos desnecessários que transitam em nossa mente são como “vírus” de computador que atrapalham o seu pleno desempenho e obscurecem a própria percepção da realidade presente. E, como os “vírus” de computador, para serem desativados, tais pensamentos precisam ser identificados e reconhecidos como “vírus”.

Um ponto importante a ser ressaltado é que, em nossa cultura, normalmente tendemos a dar excessivo crédito a argumentos lógicos, o que pode ser facilmente observado, de uma maneira quase que caricatural, entre os políticos profissionais. Assim, em relação a um mesmo fato, um político de um determinado partido dá um argumento lógico a favor de um determinado ponto de vista, e outro político de outro partido, em relação ao mesmo fato, dá outro argumento lógico a favor de um ponto de vista oposto. Observando esses políticos, é fácil perceber que a lógica não está a favor da verdade, e sim comprometida a defender essa ou aquela motivação consciente ou inconsciente. Portanto, não dá para confiar na lógica, nem na nossa própria, porque, em geral, também em nós ela não está a favor da verdade, e sim igualmente comprometida a defender essa ou aquela motivação consciente ou inconsciente.

Por - Nisardan...

Bjus... LUiza...


Nenhum comentário:

Postar um comentário